Reeditada a primeira desconstrução do Visão
John Byrne tinha uma característica. Não importa o título por onde passava, o escritor e desenhista procurava deixar sua marca. Fazia uma mudança tão radical que, no futuro, os leitores tivessem de fazer referência à história para recontar a interminável cronologia dos super-heróis.
Não foi diferente na fase em que trabalhou com os Vingadores da Costa Oeste, material relançado nesta semana pela editora Panini (Os Maiores Clássicos dos Vingadores Volume 2; R$ 26,90).
A mudança radical da vez é sugerida no subtítulo do encadernado: a busca pelo Visão. Byrne reconstrói o andróide vingador, então casado com a Feiticeira Escarlate. "Reconstrói" não é força de expressão. O herói é encontrado completamente desmontado e tem de ser reconstruído. O resultado muda a personalidade e o aspecto visual dele (fica todo branco e sem emoções).
Como se sabe hoje, a mudança não durou por muito tempo. Visão voltou ao que era antes. Mas encontrou pela frente um escritor ainda mais revolucionário e com muito mais carta branca para mudanças do que Byrne: Brian Bendis, que destroçou de vez o andróide na nova fase dos Vingadores. Até que se prove o contrário, morreu.
O álbum reedita as nove primeiras histórias de Byrne à frente dos Vingadores da Costa Oeste, produzidas em 1989 (o material já tinha sido publicado no Brasil pela editora Abril no começo dos anos 90). A edição ganhou nova tradução e é bem cuidada, a exemplo das demais da série "Os Melhores Clássicos". Mas não é o melhor trabalho de Byrne.
Há outros títulos da Marvel feitos por ele que encabeçariam a lista de reedições, como Mulher-Hulk, um de seus trabalhos mais criativos. Ou Tropa Alfa, anunciada pela Panini para este mês. Se seguir a tendência dos especiais anteriores, sai com atraso. O álbum dos Vingadores, lançado nesta semana, tinha sido prometido para dezembro.
Fonte: Blog dos Quadrinhos
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