Mangás proibidos abrem os olhos de Hollywood para o terror
Para sair da atual crise criativa em que se encontra, Hollywood já apelou para quadrinhos de sucesso (Superman, Homem-Aranha, Batman) e filmes de horror japoneses (O Chamado, O Grito). A próxima fonte pode ser uma mistura dos dois: quadrinhos de terror. E o melhor: a maioria dos títulos cobiçados pelos grandes estúdios de cinema já foi lançada no Brasil.
Por coincidência, foi a decadência americana dos quadrinhos de terror que fez florescer os mangás no Japão, principalmente os gêneros “proibidos” nos EUA. E um dos subgêneros mais apreciados é o terror psicológico, como o realizado por Naoki Urasawa na série Monster, lançado pela editora Conrad no Brasil. A história é ambientada na Alemanha, onde, em 1986, o médico Kenzo Tenma salva um garoto aparentemente sem mais chances, baleado na cabeça. A partir desse momento, uma seqüência de assassinatos misteriosos toma conta da história, cheia de reviravoltas e surpresas. O ritmo e o tratamento cinematográfico dados ao mangá despertaram a atenção do estúdio New Line, que comprou os direitos em 2005 para fazer um filme.
Ainda não descoberto por Hollywood, mas atuante no J-Horror, como são chamados os filmes de terror japoneses, é Junji Ito, autor de Uzamaki, a espiral do terror (Conrad). Uma cidade enfrenta a maldição da espiral. A diabólica forma geométrica se manifesta entre os cidadãos, ora como uma luz que incinera as pessoas, ou como um furacão apaixonado (!). A história virou filme em 2000, mas ainda não foi comprada por nenhum estúdio ocidental, talvez pela bizarrice do enredo.
A exuberância visual dos quadrinhos de Hideshi Hino, cujo Panorama do inferno acaba de chegar ao Brasil pela Conrad, só é suplantada pela história chocante. Uma espécie de Família Adams mais radical, “Panorama...” traz uma versão ultra-romanceada da vida do próprio Hideshi, filho de imigrantes japoneses nascido na região da Manchúria, na China, durante a Segunda Guerra Mundial. Poucas vezes a advertência “aconselhável para maiores de 18 anos” fez tanto sentido. A história mistura loucura, carnificina, animais mortos e apodrecidos e sonhos de destruição nuclear. Uma viagem pelos pesadelos de Hideshi.
Depois de anos sem uma produção de qualidade, os Estados Unidos voltaram a ter bons quadrinhos de terror. Um dos autores mais prestigiados no momento é Steve Niles, cuja obra 30 dias de noite, retorno a Barrow já está sendo filmada e traz no elenco o astro Josh Hartnett (Dália negra). A história de vampiros que atacam uma pequena cidade no Alasca será dirigida por David Slade, um ex-diretor de videoclipes. Além de 30 dias de noite, a editora Devir também lançou no Brasil Aberrações no coração da América. Niles é responsável por tirar os quadrinhos de terror do limbo em que se encontravam nos Estados Unidos desde a década de 50, quando uma lei de autocensura quase acabou com o gênero no país. Na mesma trilha de Niles está Robert Kirman, que após fazer a série de herói O Invencível (editora HQ Maniacs), criou Os mortos vivos, sobre um mundo dominado por zumbis, trama que lembra os filmes de George Romero (Terra dos mortos) e, mais recentemente, Zack Snyder (Madrugada dos mortos).
Em breve deve chegar ao Brasil um clássico do terror psicológico, Battle Royale, pela Conrad. A história mistura Lost e Big Brother em uma sociedade militarista em que jovens são convocados para uma ilha deserta. No final, deve haver apenas um sobrevivente. Se houver mais de um, todos morrem.
Compre aqui Monster volumes 1, 2 e 3. Compre aqui Panorama do Inferno. Compre aqui 30 Dias de Noie: Retorno a Barrow. Compre aqui Aberrações no coração da América.
Por coincidência, foi a decadência americana dos quadrinhos de terror que fez florescer os mangás no Japão, principalmente os gêneros “proibidos” nos EUA. E um dos subgêneros mais apreciados é o terror psicológico, como o realizado por Naoki Urasawa na série Monster, lançado pela editora Conrad no Brasil. A história é ambientada na Alemanha, onde, em 1986, o médico Kenzo Tenma salva um garoto aparentemente sem mais chances, baleado na cabeça. A partir desse momento, uma seqüência de assassinatos misteriosos toma conta da história, cheia de reviravoltas e surpresas. O ritmo e o tratamento cinematográfico dados ao mangá despertaram a atenção do estúdio New Line, que comprou os direitos em 2005 para fazer um filme.
Ainda não descoberto por Hollywood, mas atuante no J-Horror, como são chamados os filmes de terror japoneses, é Junji Ito, autor de Uzamaki, a espiral do terror (Conrad). Uma cidade enfrenta a maldição da espiral. A diabólica forma geométrica se manifesta entre os cidadãos, ora como uma luz que incinera as pessoas, ou como um furacão apaixonado (!). A história virou filme em 2000, mas ainda não foi comprada por nenhum estúdio ocidental, talvez pela bizarrice do enredo.
A exuberância visual dos quadrinhos de Hideshi Hino, cujo Panorama do inferno acaba de chegar ao Brasil pela Conrad, só é suplantada pela história chocante. Uma espécie de Família Adams mais radical, “Panorama...” traz uma versão ultra-romanceada da vida do próprio Hideshi, filho de imigrantes japoneses nascido na região da Manchúria, na China, durante a Segunda Guerra Mundial. Poucas vezes a advertência “aconselhável para maiores de 18 anos” fez tanto sentido. A história mistura loucura, carnificina, animais mortos e apodrecidos e sonhos de destruição nuclear. Uma viagem pelos pesadelos de Hideshi.
Depois de anos sem uma produção de qualidade, os Estados Unidos voltaram a ter bons quadrinhos de terror. Um dos autores mais prestigiados no momento é Steve Niles, cuja obra 30 dias de noite, retorno a Barrow já está sendo filmada e traz no elenco o astro Josh Hartnett (Dália negra). A história de vampiros que atacam uma pequena cidade no Alasca será dirigida por David Slade, um ex-diretor de videoclipes. Além de 30 dias de noite, a editora Devir também lançou no Brasil Aberrações no coração da América. Niles é responsável por tirar os quadrinhos de terror do limbo em que se encontravam nos Estados Unidos desde a década de 50, quando uma lei de autocensura quase acabou com o gênero no país. Na mesma trilha de Niles está Robert Kirman, que após fazer a série de herói O Invencível (editora HQ Maniacs), criou Os mortos vivos, sobre um mundo dominado por zumbis, trama que lembra os filmes de George Romero (Terra dos mortos) e, mais recentemente, Zack Snyder (Madrugada dos mortos).
Em breve deve chegar ao Brasil um clássico do terror psicológico, Battle Royale, pela Conrad. A história mistura Lost e Big Brother em uma sociedade militarista em que jovens são convocados para uma ilha deserta. No final, deve haver apenas um sobrevivente. Se houver mais de um, todos morrem.
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Fonte: G1
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