quarta-feira, setembro 27, 2006

Kitty Pryde real reclama da fama

Kitty Pryde

Imagine que seu colega de universidade, aquele desenhista maluquinho que sonha em trabalhar com quadrinhos, diz que vai homenagear você dando seu nome a um personagem quando for famoso. Imagine que ele realmente fica famoso e leva a promessa a sério – e que o personagem torna-se ainda mais popular.

A artista canadense Kitty Pryde passou por isso. Em 1973, ela era colega de ninguém menos que John Byrne no Alberta College of Art, de Calgary, Canadá.

Pryde conversou com o jornal Calgary Sun sobre a experiência. "Um dia ele [Byrne] disse que amava meu nome e prometeu que, quando ficasse famoso na Marvel Comics, batizaria seu primeiro personagem assim."

No final dos anos 70, Byrne já estava fazendo fama nos X-Men. Kitty Pryde, a mutante adolescente que atravessa paredes, foi introduzida em 1980. A verdadeira Kitty Pryde recebeu um envelope no correio com desenhos originais de Byrne, edições de X-Men autografadas e um bilhete de agradecimento.

"Nos primeiros anos, eu dei boas risadas pela atenção que recebia de fãs dos X-Men", comenta a Kitty de verdade. "Mas isso acabou quando começou a atrapalhar meu trabalho e minha vida de artista."

Pryde reclama que acabou nunca sendo reconhecida por seu trabalho como artista – era procurada apenas por sua relação com a famosa personagem da Marvel. Ela inclusive tentou trocar seu nome artístico para K.D. Pryde nos anos 90, mas ainda assim era perseguida por x-fãs.

Quando ela tornou-se professora numa escola de Calgary, os alunos não ajudaram. "Eles não estavam nem aí para a teoria das cores. Só queriam que eu autografasse seus gibis", reclama.

Pryde continua sendo perseguida por fãs da Kitty Pryde que atravessa paredes, e até foi redescoberta recentemente pela mídia quando a personagem apareceu no terceiro x-filme. Mas ela nunca pensou em processar Byrne ou a Marvel. Por bons motivos.

"Quanto mais atenção eu recebia ao longo dos anos, mais eu percebia que a arte original e os gibis que John me mandara em 1980 tinham um valor incrível. Agora meu advogado os guarda pra mim no cofre do seu escritório."

Fonte: Omelete

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