Superman - O Retorno - Crítica de Celso Sabadin
Não é tão ruim como parte da imprensa diz. Mas também não é tão bom quanto poderia ter ficado. Após anos e anos passando pelas mãos de diversos diretores, roteiristas e produtores, foi criada uma expectativa muito grande a respeito da tão esperada volta do Superman (na minha época de gibis chamava Super Homem), gerando assim para os fãs um nível de ansiedade não correspondido. Mas o fato é que Superman - O Retorno pode ser visto como uma boa diversão. Basta não esperar demais do filme.
Logo na abertura o público é brindado com uma bela homenagem ao filme de 1978: foram mantidos o mesmo tema musical e a mesma tipologia dos créditos iniciais da aventura estrelada por Christopher Reeve. Para os saudosistas, é arrepio garantido. A história começa mostrando a explosão de Krypton e incontáveis fragmentos do planeta se espalhando pelas galáxias. Um deles cai na Terra, mas... surpresa! Não se trata de uma pequena nave carregando o bebê Kal-El, como poderia se supor, mas sim do Super Homem já crescido, retornando à fazenda de sua mãe terrestre. Explica-se: Superman - O Retorno parte da premissa que o Homem de Aço teria abandonado nosso planeta, alguns anos atrás, em busca de suas origens, e estaria regressando agora. Ou seja, o subtítulo “O Retorno” refere-se não somente ao fato de estarmos completando quase 10 anos sem nenhum longa-metragem do personagem nos cinemas, como também à própria trama em si.
No período em que esteve fora, Superman abandonou sua grande paixão, Lois Lane (Kate Bosworth, de A Onda dos Sonhos), e a mítica Fortaleza da Solidão, seu lugar secreto de reflexões e aprendizado. Duplo prejuízo. Lois agora tem um filho e está vivendo com o sobrinho do dono do jornal Planeta Diário, enquanto o mega vilão Lex Luthor (Kevin Spacey, de Beleza Americana) ínvadiu a Fortaleza e decifrou seu segredos. É hora de recuperar o tempo perdido.
O novato Brandon Routh no papel título não faz feio, e o elenco todo funciona bem. Mesmo porque, na clara intenção do diretor Bryan Singer (o mesmo dos dois primeiros X-Men) em reverenciar o filme dos anos 70, tanto Brandon como Kevin Spacey copiam algumas expressões corporais e faciais de Christopher Reeve e Gene Hackman, respectivamente o Superman e o Lex Luthor de 1973. Como não poderia deixar de ser, há pequenas delícias para os fãs mais atentos. Por exemplo: a foto que um garoto anônimo tira de Superman carregando um automóvel reproduz a exata posição do corpo do herói na capa de seu primeiro gibi, em 1938. E ao examinarem a pífia fotografia tirada por Jimmy Olsen, o editor Perry White e Lois Lane repetem a clássica abertura do seriado de 1952: “É um pássaro, um avião...? Não, é o Superman!”.
Superman - O Retorno é irregular. Por vezes, estica demais determinadas situações que poderiam ser mais eficientes na tela se “enxugadas” em alguns minutos. O acidente com o ônibus espacial logo no começo do filme, por exemplo, se enrola num excesso de detalhes que acabam diluindo a intensidade dramática que a cena poderia ter. Assim como o conceito do tal Continente que Lex Luthor quer criar em cima dos EUA soa bastante confuso. Idas e vindas no salvamento final também prejudicam o ritmo. Por outro lado – por incrível que pareça – o filme rende muito mais quando explora o drama e o romance que a ação e a aventura. O relacionamento entre Clark Kent, Lois Lane e Superman tem consistência romântica e momentos visuais bens construídos, como o vôo noturno do casal apaixonado. Sem querer estragar surpresas, o roteiro também ganha em dramaticidade ao criar situações humanas envolvendo diferentes níveis de paternidades.
Sim, este novo Superman é uma boa história de amor. Pode não ser o filme dos sonhos da maioria dos fãs, mas é um bom recomeço para uma nova e duradoura franquia.
Fonte: 100% Vídeo
Logo na abertura o público é brindado com uma bela homenagem ao filme de 1978: foram mantidos o mesmo tema musical e a mesma tipologia dos créditos iniciais da aventura estrelada por Christopher Reeve. Para os saudosistas, é arrepio garantido. A história começa mostrando a explosão de Krypton e incontáveis fragmentos do planeta se espalhando pelas galáxias. Um deles cai na Terra, mas... surpresa! Não se trata de uma pequena nave carregando o bebê Kal-El, como poderia se supor, mas sim do Super Homem já crescido, retornando à fazenda de sua mãe terrestre. Explica-se: Superman - O Retorno parte da premissa que o Homem de Aço teria abandonado nosso planeta, alguns anos atrás, em busca de suas origens, e estaria regressando agora. Ou seja, o subtítulo “O Retorno” refere-se não somente ao fato de estarmos completando quase 10 anos sem nenhum longa-metragem do personagem nos cinemas, como também à própria trama em si.
No período em que esteve fora, Superman abandonou sua grande paixão, Lois Lane (Kate Bosworth, de A Onda dos Sonhos), e a mítica Fortaleza da Solidão, seu lugar secreto de reflexões e aprendizado. Duplo prejuízo. Lois agora tem um filho e está vivendo com o sobrinho do dono do jornal Planeta Diário, enquanto o mega vilão Lex Luthor (Kevin Spacey, de Beleza Americana) ínvadiu a Fortaleza e decifrou seu segredos. É hora de recuperar o tempo perdido.
O novato Brandon Routh no papel título não faz feio, e o elenco todo funciona bem. Mesmo porque, na clara intenção do diretor Bryan Singer (o mesmo dos dois primeiros X-Men) em reverenciar o filme dos anos 70, tanto Brandon como Kevin Spacey copiam algumas expressões corporais e faciais de Christopher Reeve e Gene Hackman, respectivamente o Superman e o Lex Luthor de 1973. Como não poderia deixar de ser, há pequenas delícias para os fãs mais atentos. Por exemplo: a foto que um garoto anônimo tira de Superman carregando um automóvel reproduz a exata posição do corpo do herói na capa de seu primeiro gibi, em 1938. E ao examinarem a pífia fotografia tirada por Jimmy Olsen, o editor Perry White e Lois Lane repetem a clássica abertura do seriado de 1952: “É um pássaro, um avião...? Não, é o Superman!”.
Superman - O Retorno é irregular. Por vezes, estica demais determinadas situações que poderiam ser mais eficientes na tela se “enxugadas” em alguns minutos. O acidente com o ônibus espacial logo no começo do filme, por exemplo, se enrola num excesso de detalhes que acabam diluindo a intensidade dramática que a cena poderia ter. Assim como o conceito do tal Continente que Lex Luthor quer criar em cima dos EUA soa bastante confuso. Idas e vindas no salvamento final também prejudicam o ritmo. Por outro lado – por incrível que pareça – o filme rende muito mais quando explora o drama e o romance que a ação e a aventura. O relacionamento entre Clark Kent, Lois Lane e Superman tem consistência romântica e momentos visuais bens construídos, como o vôo noturno do casal apaixonado. Sem querer estragar surpresas, o roteiro também ganha em dramaticidade ao criar situações humanas envolvendo diferentes níveis de paternidades.
Sim, este novo Superman é uma boa história de amor. Pode não ser o filme dos sonhos da maioria dos fãs, mas é um bom recomeço para uma nova e duradoura franquia.
Fonte: 100% Vídeo
1 Comment:
Karak, começei a ler, mas tá cheio de spoiler !
Jackyl
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