segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Ronin de Frank Miller a caminho do cinema

Durante a coletiva de imprensa de 300, um dos produtores do filme, Gianni Nunnari, falou sobre seu próximo projeto: mais uma adaptação de HQ de Frank Miller, nada menos que Ronin. Ele não apenas disse que possui os direitos sobre a obra e que a Warner Bros. tem prioridade na produção do filme, como já adiantou o nome do diretor. É Sylvian White, ex-diretor de videoclipes e comerciais, que tem no curto currículo de cinema filmes como I'll always know what you did last summer, lançado direto em DVD, e o drama musical Stomp the Yard, sucesso de bilheteria no começo deste ano.

A notícia mal se espalhou e o site Blackfilm já conversou com White. Ele conta como foi parar no mundo violento de referências à cultura oriental de Miller. "Gianni Nunnari me procurou anos antes de eu ter feito I'll Always Know What You Did Last Summer, e recentemente retomou o projeto. Ele viu alguns dos meus curtas e marcamos de nos encontrar. Eu sou um grande fã de Frank Miller e de graphic novels. Cresci na França, onde temos várias delas. Frank Miller é um dos poucos estadunidenses cujas HQs realmente me agradam", comentou, dizendo já ter lido toda a minissérie - que conta a história de um ronin, o errante samurai sem mestre da cultura milenar japonesa, que renasce na corrupta Nova York do século 21 atrás de redenção, contra a reencarnação do demônio Agat.

White não conhece Miller pessoalmente, mas já trocaram palavras. "Já tivemos conversas preliminares e, até agora, tudo ótimo. Ronin tem uma identificação visual menos impactante que 300. Será uma aproximação visual diferente, mais baseada nos designs do que no jeito de filmar. É um mundo denso, sombrio. Quero me manter fiel à graphic novel, mas ela é longa e teremos que fazer a história caber na metragem do filme. As idas e vindas no tempo serão encurtadas, mas todos os personagens estarão presentes", emendou. Quanto a roteiro, o diretor adiantou que está trabalhando com mais de um, escritos por diferentes profissionais, e que está aparando arestas nesses scripts.

White parece ser bastante determinado - "não me preocupo em trabalhar com fundo azul, já fiz isso quando dirigi comerciais" - e não ter medo da reação dos fãs. "Eu não tinha experiência com filmes de dança quando fiz Stomp The Yard. Meu trabalho sempre foi eclético. E o que me garante agora é que eu já era fã de graphic novels mesmo antes dos gibis ganharem o nome de graphic novel nos Estados Unidos."

Fonte: Omelete

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