Bryan Singer compara Super-Homem a Jesus Cristo
Autor de The Gospel According to the World’s Greatest Superhero, o escritor Stephen Skelton traça no livro um paralelo entre a história do Super-Homem e a vida de Jesus Cristo. O SuperHeroHype publicou uma conversa que Skelton teve com o diretor de Superman - O Retorno, Bryan Singer, e é curioso ver como as idéias dos dois se cruzam.
Singer já havia dito em outras entrevistas que considera o Homem de Aço o Jesus Cristo dos super-heróis. Skelton pede para o cineasta explicar: "Acho que isso é algo que começou a evoluir no início da HQ e se cristalizou na intrpretação de Richard Donner no filme de 1978. O Jor-El de Marlon Brando diz, se referindo aos terráqueos: 'Eles podem ser ótimas pessoas, Kal-El, eles desejam ser. Eles só não têm a luz para guiá-los. É por essa razão, acima de todas, a capacidade humana para o bem, que eu enviei você - meu único filho'. Isso foi algo que escutei quando criança e que ecoou em mim, uma criança judia, adotado, filho único, crescendo em uma vizinhança católica".
Clique aqui para continuar a leituraEle continua: "Essas alegorias judaico-cristãs que emergem ostensivamente da fantasia e da ficção científica são muito poderosas para mim. E no meu filme há uma imagem clara do retorno do salvador, de sacrifício. O filme celebra a noção dada por Donner. Tenho uma crença fundamental de que personagens como Super-Homem serão a mitologia do século XX. Daqui a 500 anos, os super-heróis serão vistos como enxergamos Rei Arthur, Merlin, Excalibur e outros mitos inspirados pelos princípios judaico-cristão".
Skelton pergunta se o Super-Homem de Brandon Routh seria diferente se não houvesse o passado de Bryan Singer. "Algumas coisas que estão no filme são coisas que vêm do meu subconsciente, outras são muito específicas. Super-Homem seria atrativo de qualquer forma, simplesmente porque ele pode voar e levantar coisas pesadas. Mas, francamente, ele não seria tão longevo. Ele sobreviveu por 70 anos em algumas das encarnações mais bizarras e pelos tempos mais tumultuosos da história global. E não há lugar no mundo onde não se conheça o Super-Homem", disse Singer.
"Quando você se propõe a contar uma história assim [com o subtexto religioso], tem que levar até o fim. Lembro de sentar com um dos roteiristas, estávamos vendo os efeitos visuais da cena perto do final em que ele cai na Terra. As mãos dele estão estendidas e ele cai de um jeito muito...", pensa Singer. "É a pose do crucifixo", emenda Skelton. "Isso. E o roteirista olhou pra mim - ambos fomos a escolas católicas - e disse 'Quer dizer que nós... Não devíamos abrir as pernas dele um pouco mais? Não é muito evidente o que estamos fazendo?' Eu respondi 'Se é essa a história que estamos contando, então vamos contá-la'", completa o diretor.
Singer já havia dito em outras entrevistas que considera o Homem de Aço o Jesus Cristo dos super-heróis. Skelton pede para o cineasta explicar: "Acho que isso é algo que começou a evoluir no início da HQ e se cristalizou na intrpretação de Richard Donner no filme de 1978. O Jor-El de Marlon Brando diz, se referindo aos terráqueos: 'Eles podem ser ótimas pessoas, Kal-El, eles desejam ser. Eles só não têm a luz para guiá-los. É por essa razão, acima de todas, a capacidade humana para o bem, que eu enviei você - meu único filho'. Isso foi algo que escutei quando criança e que ecoou em mim, uma criança judia, adotado, filho único, crescendo em uma vizinhança católica".
Clique aqui para continuar a leituraEle continua: "Essas alegorias judaico-cristãs que emergem ostensivamente da fantasia e da ficção científica são muito poderosas para mim. E no meu filme há uma imagem clara do retorno do salvador, de sacrifício. O filme celebra a noção dada por Donner. Tenho uma crença fundamental de que personagens como Super-Homem serão a mitologia do século XX. Daqui a 500 anos, os super-heróis serão vistos como enxergamos Rei Arthur, Merlin, Excalibur e outros mitos inspirados pelos princípios judaico-cristão".
Skelton pergunta se o Super-Homem de Brandon Routh seria diferente se não houvesse o passado de Bryan Singer. "Algumas coisas que estão no filme são coisas que vêm do meu subconsciente, outras são muito específicas. Super-Homem seria atrativo de qualquer forma, simplesmente porque ele pode voar e levantar coisas pesadas. Mas, francamente, ele não seria tão longevo. Ele sobreviveu por 70 anos em algumas das encarnações mais bizarras e pelos tempos mais tumultuosos da história global. E não há lugar no mundo onde não se conheça o Super-Homem", disse Singer.
"Quando você se propõe a contar uma história assim [com o subtexto religioso], tem que levar até o fim. Lembro de sentar com um dos roteiristas, estávamos vendo os efeitos visuais da cena perto do final em que ele cai na Terra. As mãos dele estão estendidas e ele cai de um jeito muito...", pensa Singer. "É a pose do crucifixo", emenda Skelton. "Isso. E o roteirista olhou pra mim - ambos fomos a escolas católicas - e disse 'Quer dizer que nós... Não devíamos abrir as pernas dele um pouco mais? Não é muito evidente o que estamos fazendo?' Eu respondi 'Se é essa a história que estamos contando, então vamos contá-la'", completa o diretor.
Fonte: Omelete
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