Frank Miller fala de heroísmo e apego a 300
Em entrevista ao The New York Times para falar de 300, aguardadíssima adaptação das suas HQs, Frank Miller contou como a história do livro lhe surgiu na cabeça quando ele tinha 6 anos de idade.
A oportunidade foi a exibição nos cinemas, em 1963, do épico Os 300 de Esparta, sobre a heróica luta dos espartanos contra o exército invasor persa. Posicionados no estreito à beira-mar das Termópilas e empregando estrategicamente a geografia do local, 300 homens resistiram ao avanço de um exército de milhares.
"Eu fiquei chocado, porque os heróis morriam. Estava acostumado a ver o Super-Homem socando planetas. Foi uma epifania perceber que o herói não é necessariamente o cara que vence", lembra Miller. "Como escritor eu tendo a criar personagens que podem morrer esgraçados pelo mundo, que perdem os combates mas conquistam a vitória moral."
Apesar de ter feito pesquisas na Grécia e estudado artes de combate, Miller tomou liberdades na hora de criar a HQ. Por exemplo, livrou soldados de armaduras pesadíssimas que não permitiriam a movimentação necessária a um gibi. "Nos primeiros rascunhos eles pareciam uns besouros. Pareciam que não conseguiriam se mover a duas milhas por hora", conta. "No fim eram fileiras e fileiras de homens empurrando e escorregando em lama e estocando com lanças. Não teve heroísmo solitário em uma batalha caótica. Eles eram máquinas."
Miller lembra também que não se entusiasmou muito com a idéia de um filme baseado na HQ. "Era a jóia da coroa da minha carreira. 300 significa muito para mim, e vê-lo homogeneizado em algo como Tróia, que praticamente vira a Ilíada do avesso, seria traição para mim", diz. Aí entra o diretor Zack Snyder, que produziu logo depois da estréia de Madrugada dos mortos um clipe de 300 com, em suas palavras, "um montão de mortes".
Miller acabou cedendo, com a condição de que desse o aval ao roteiro. Na mesma entrevista ao jornal, Snyder lembra: "Acho que ele deu a permissão para nós porque ninguém mais se arriscaria a fazer 300. Soa irreproduzível, de certas maneiras". Curiosamente, a sala de montagem da Warner Bros. onde Snyder se afunda atualmente, está cheia de objetos de cena de Tróia e Alexandre. "Nós pegamos do departamento da Warner. Os elmos usados em Tróia eram melhores que os nossos."
300 estréia nos EUA em 9 de março de 2007 e no Brasil no dia 30 de março. No elenco estão Gerard Butler, Lena Headey, David Wenham, Vincent Regan, Dominic West e o brasileiro Rodrigo Santoro.
A oportunidade foi a exibição nos cinemas, em 1963, do épico Os 300 de Esparta, sobre a heróica luta dos espartanos contra o exército invasor persa. Posicionados no estreito à beira-mar das Termópilas e empregando estrategicamente a geografia do local, 300 homens resistiram ao avanço de um exército de milhares.
"Eu fiquei chocado, porque os heróis morriam. Estava acostumado a ver o Super-Homem socando planetas. Foi uma epifania perceber que o herói não é necessariamente o cara que vence", lembra Miller. "Como escritor eu tendo a criar personagens que podem morrer esgraçados pelo mundo, que perdem os combates mas conquistam a vitória moral."
Apesar de ter feito pesquisas na Grécia e estudado artes de combate, Miller tomou liberdades na hora de criar a HQ. Por exemplo, livrou soldados de armaduras pesadíssimas que não permitiriam a movimentação necessária a um gibi. "Nos primeiros rascunhos eles pareciam uns besouros. Pareciam que não conseguiriam se mover a duas milhas por hora", conta. "No fim eram fileiras e fileiras de homens empurrando e escorregando em lama e estocando com lanças. Não teve heroísmo solitário em uma batalha caótica. Eles eram máquinas."
Miller lembra também que não se entusiasmou muito com a idéia de um filme baseado na HQ. "Era a jóia da coroa da minha carreira. 300 significa muito para mim, e vê-lo homogeneizado em algo como Tróia, que praticamente vira a Ilíada do avesso, seria traição para mim", diz. Aí entra o diretor Zack Snyder, que produziu logo depois da estréia de Madrugada dos mortos um clipe de 300 com, em suas palavras, "um montão de mortes".
Miller acabou cedendo, com a condição de que desse o aval ao roteiro. Na mesma entrevista ao jornal, Snyder lembra: "Acho que ele deu a permissão para nós porque ninguém mais se arriscaria a fazer 300. Soa irreproduzível, de certas maneiras". Curiosamente, a sala de montagem da Warner Bros. onde Snyder se afunda atualmente, está cheia de objetos de cena de Tróia e Alexandre. "Nós pegamos do departamento da Warner. Os elmos usados em Tróia eram melhores que os nossos."
300 estréia nos EUA em 9 de março de 2007 e no Brasil no dia 30 de março. No elenco estão Gerard Butler, Lena Headey, David Wenham, Vincent Regan, Dominic West e o brasileiro Rodrigo Santoro.
Fonte: Omelete
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