Editoras Pixel e Devir lançam livros de HQs de terror
SÃO PAULO - Com anos de atraso, os quadrinhos de terror começam a ganhar bons títulos nos EUA. E, por diferentes editoras, chegam ao Brasil duas obras da dupla Steve Niles e Ben Templesmith, respectivamente roteirista e desenhista de Crimes Macabros e Retorno a Barrow.
Em Crimes Macabros - que é dividido por capítulos, alguns com belos títulos como O Que Um Zumbi Deve Fazer - o protagonista é Cal McDonald, que tem de enfrentar toda sorte de vampiros, zumbis e lobisomens. Ben Templesmith tem um traço apurado, mas pouco comuns aos quadrinhos americanos, com traços que parecem estar sempre em movimento. E o roteirista Niles capricha em histórias bizarras envolvendo gangues de vampiros, como em Retorno a Barrow, no qual um delegado de uma cidade do Alasca tem de defender a população de um ataque de vampiros vingativos. Rob Zombie, ex-vocalista da banda White Zombie e diretor de filmes de terror como Rejeitados pelo Diabo, disse que o personagem Cal, de Crimes Macabros, "faz Wolverine parecer uma menina superpoderosa."
Quadrinhos de terror não são uma novidade. O gênero já foi um dos mais populares nos quadrinhos norte-americanos. Revistas como Vault of Horror e Tales From The Crypt, fizeram da EC Comics a maior editora de quadrinhos no início da década de 50.
O advento do Comics Code, porém, trouxe mais horror aos editores que qualquer assassino de suas revistas. Criado pela Comics Code Authority, o "Código de Ética" dos quadrinhos era, na verdade, um instrumento de censura aos gibis. Alarmados pelas teorias publicadas pelo psiquiatra Fredric Wertham em seu livro A Sedução dos Inocentes, as quais acusavam os quadrinhos de super-heróis e horror de serem responsáveis pela crescente delinqüência juvenil. Whertam, por exemplo, escreveu que a independência da Mulher-Maravilha fazia dela claramente lésbica. Por fim, o Código de Ética acabou com as publicações de horror e de crimes, deixando o caminho livre para as grandes editoras e seus super-heróis, que infantilizaram as histórias e quase acabaram com os quadrinhos adultos nos EUA. No Brasil, que também adotou uma versão nacional do código, o gênero sempre fez sucesso. Zé do Caixão chegou a ter sua própria revista e o mercado brasileiro alcançou a marca de dezenas de títulos.
Hoje o selo da CCA foi abandonado por quase todas as editoras. Das grandes, apenas a linha de super-heróis da DC (que publica o Super-Homem) continua a levar o selo na capa dos gibis.
Crimes Macabros (Ed. Pixel, 180 páginas, R$ 34,90) e Retorno a Barrow (Ed. Devir, 144 páginas, R$ 35).
Para comprar Retorno a Barrow, clique aqui.
Fonte: Estadão
Em Crimes Macabros - que é dividido por capítulos, alguns com belos títulos como O Que Um Zumbi Deve Fazer - o protagonista é Cal McDonald, que tem de enfrentar toda sorte de vampiros, zumbis e lobisomens. Ben Templesmith tem um traço apurado, mas pouco comuns aos quadrinhos americanos, com traços que parecem estar sempre em movimento. E o roteirista Niles capricha em histórias bizarras envolvendo gangues de vampiros, como em Retorno a Barrow, no qual um delegado de uma cidade do Alasca tem de defender a população de um ataque de vampiros vingativos. Rob Zombie, ex-vocalista da banda White Zombie e diretor de filmes de terror como Rejeitados pelo Diabo, disse que o personagem Cal, de Crimes Macabros, "faz Wolverine parecer uma menina superpoderosa."
Quadrinhos de terror não são uma novidade. O gênero já foi um dos mais populares nos quadrinhos norte-americanos. Revistas como Vault of Horror e Tales From The Crypt, fizeram da EC Comics a maior editora de quadrinhos no início da década de 50.
O advento do Comics Code, porém, trouxe mais horror aos editores que qualquer assassino de suas revistas. Criado pela Comics Code Authority, o "Código de Ética" dos quadrinhos era, na verdade, um instrumento de censura aos gibis. Alarmados pelas teorias publicadas pelo psiquiatra Fredric Wertham em seu livro A Sedução dos Inocentes, as quais acusavam os quadrinhos de super-heróis e horror de serem responsáveis pela crescente delinqüência juvenil. Whertam, por exemplo, escreveu que a independência da Mulher-Maravilha fazia dela claramente lésbica. Por fim, o Código de Ética acabou com as publicações de horror e de crimes, deixando o caminho livre para as grandes editoras e seus super-heróis, que infantilizaram as histórias e quase acabaram com os quadrinhos adultos nos EUA. No Brasil, que também adotou uma versão nacional do código, o gênero sempre fez sucesso. Zé do Caixão chegou a ter sua própria revista e o mercado brasileiro alcançou a marca de dezenas de títulos.
Hoje o selo da CCA foi abandonado por quase todas as editoras. Das grandes, apenas a linha de super-heróis da DC (que publica o Super-Homem) continua a levar o selo na capa dos gibis.
Crimes Macabros (Ed. Pixel, 180 páginas, R$ 34,90) e Retorno a Barrow (Ed. Devir, 144 páginas, R$ 35).
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Fonte: Estadão
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